quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Brasileiros e argentinos vão criar índice de bibliodiversidade

As editoras independentes brasileiras fecharam um acordo com as independentes do mercado argentino para construir um índice capaz de medir a diversidade bibliográfica (ou bibliodiversidade) de acervos. A parceria foi fechada durante a 14ª Primavera dos Livros, que aconteceu este mês em São Paulo, entre a Libre-Liga Brasileira de Editoras, que promove o evento, e a Edinar-Editores Independientes de Argentina por la Diversidad Bibliográfica. Além disso, a Libre decidiu em assembleia formar grupos de trabalho temáticos relacionados à cadeia do livro, que serão definidos durante a Primavera dos Livros do Rio de Janeiro, de 26 a 29 de novembro no Museu da República, já em fase de preparação.

A Edinar reúne 30 associados, que estão presentes também na rede gentedellibro.ning.com. Criada há cerca de dois para juntar ao debate outros profissionais do livro, além de editores, essa rede já conta com 650 participantes, entre livreiros, ilustradores, distribuidores etc. Na Argentina, vigora há cinco anos a lei do preço único, que impede variações regionais no valor do livro. São permitidos descontos de no máximo 10%, e apenas em feiras.

Segundo Guido Indij (fotos), dono da editora La Marca e livreiro, que esteve em São Paulo na 14ª Primavera dos Livros representando a Edinar, após quatro anos de atividade informal, a entidade vai ganhar seu estatuto jurídico até dezembro. "De um modo sintético, podemos nos definir dizendo que estamos contra a concentração editorial, econômica e de opiniões. E a favor da multiplicidade de projetos e de editoras, pequenas e médias, no mercado", afirma.

O índice de bibliodiversidade (IBD), explica Guido, deve refletir, em um conjunto de livros, a relação entre o total de editoras e o total de títulos, quantos são originais nacionais, quantas traduções, quantos lançamentos, reedições, linhas temáticas etc. De modo a ser possível medir se uma livraria, uma região, uma cidade e até um país tem maior ou menor diversidade bibliográfica, ou seja, maior ou menor riqueza no seu repertório cultural. Para Cristina Warth, da Libre, o estudo deve começar com as compras públicas de livros, que têm dados abertos e públicos. Veja matéria completa em www.libre.org.br

Fotos de Kriz Knack

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